sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Viagem de Volta



Pessoal, minhas sinceras desculpas pelos erros de português e concordâncias no post passado, mas ainda não me adaptei muito bem ao notebook, principalmente quando ele está com Word em inglês, é luta. Teclado desconfigurado, uma guerra para encontrar os “trens”. Isso mesmo, depois de passar um tempo em Goiânia, aliás, que cidade maravilhosa, fiquei lá do dia 14 até o dia 23 de novembro, como tinha escrito o post no dia 23 de madrugada, coisa de umas 4 ou 5 da manhã, não teu tempo de colocar o que acontecera naquele dia, ainda estou falando dos trens.
Na segunda-feira um amigo irmão, que não via há tempos apareceu para me visitar, Michel é o nome dele, passamos a infância juntos na Paraíba, e depois que ele casou, voltou a morar em Goiás. Hoje, pai de 3 crianças lindas e representante comercial autônomo, Michel vai se virando como pode na cidade que escolhi como a segunda cidade no meu coração, tomou o lugar de Cabaceiras, olha aí, que moral, amor a primeira vista.
Ainda na segunda, sai para o aeroporto com o Costa, que é amigo do meu irmão, vou falar nele logo mais, no texto, então, chegando ao aeroporto fiz o check in, que demora foi aquela a GOL mais parece uma rodoviária. E por falar em rodoviária, o aeroporto de Goiânia parece muito com o Castro Pinto, mas calma, outro maior está em fase de construção, logo ao lado, quando o avião sobe, dá pra ver as obras.
Ainda no aeroporto fui esperar a hora do vôo e fiz o que? Isso mesmo meus caros amigos, o que se faz quando se espera muito em Goiânia, e não se tem um compromisso profissional depois? Bebe-se, aliás, eita chope bom, aquele cremoso da Brahma.
A duração do vôo de Goiânia para Brasília era de pouco mais de 20 minutos, mas duraram 40, porque Brasília estava sem teto, ou seja, não tinha como pousar devido-a a chuva, e que chuva. Era a segunda vez que viajava de avião e já pegara uma chuva tão terrível, com relâmpagos rasgando o céu, uma turbulência que me fez até rezar, o que tinha de gente rezando não era brincadeira. Mas o piloto mostrou porque está naquela posição, conseguiu pousar com segurança e fomos para aquela linda sala de conexão.
Eu poderia escrever um post inteiro sobre a sala de conexão, mas tentarei ser breve, não é muito minha área ser breve não, mas vamos tentar.


SALA DE CONEXÃO

Chegando lá, ainda meio desnorteado, com a mochila nas costas fui para a sala de conexão, com a promessa de que ficaria apenas 4 horas esperando meu vôo pra João Pessoa, sabem o que é ficar 4 horas sem fazer nada? Trancado numa cela gigante? Com o ar condicionado sem dar conta? Um calor, uma agonia, trancado lá, com um monte de gente que nem sabia quem era, me senti preso, de verdade, nem passear no aeroporto eu podia. Lembrei-me do filme Terminal, com Tom Hanks, aquele que ele fica preso no aeroporto. E misturei com o Naufrago, estava quase chamando minha câmera de Wilson.
Ainda se eu tivesse um notebook com Wi-fi, mas não, só tinha um MP10 pra assistir TV, em Brasília pegaram 20 canais, bom demais, mas ficar assistindo naquela TV de 2 polegadas é PESO.
Andei para um lado, para o outro, vi gente mais perdida que eu, olhando para os lados sem entender coisa alguma, só prestando atenção naquela voz de dizia: Vôo TAM Brasília – Algum Lugar embarque portão 1 ou 6. Vi pessoas entrando, saindo, entrando, saindo, eu mais parecia um porteiro de shopping. Pessoas que nunca vi e que, provavelmente, nunca mais vou ver. Crianças, jovens, adultos, falando dos mais variados assuntos: vestibular, jogo do Flamengo com o Goiás, pessoas falando em inglês, espanhol, japonês, pessoas e mais pessoas passando, indo para seus destinos e eu lá ficando.
Depois de 4 horas aquela voz que já anunciara os mais variados destinos anuncia que o meu vôo, aquele pelo qual esperara por horas, estava atrasado e demoraria mais alguns minutos, e que minutos, foram mais 55 minutos de espera, já estava doido para gritar já, sei lá, bater em alguém quem sabe, ou pelo menos, falar com alguém. Todos os meus 3 celulares sem credito, pois já os esgotara em Goiânia.
Então, depois de 4 horas e 55 minutos eis que surge aquela voz robótica: Vôo GOL VARIG Brasília – João Pessoa embarque portão 2. Um alívio para quem já esperara por horas, mas ainda tive o desprazer de esperar na fila por mais 10 minutos, até abrirem o portão.
Pensam que pronto, embarquei foi uma delicia, não amigos, já viram alguma coisa que se quer muito ser fácil?
Fiquei na poltrona da saída de emergência que tem maior espaço para as pernas, são apenas 2 poltronas, diferente do normal, que são 3. Só que para minha surpresa, outro gordo, bem maior que eu, resolveu escolher a outra poltrona. Imaginem eu, depois de sofrer o que sofri, ter que agüentar um outro titã ao meu lado até João Pessoa? Quando ele sentou, comecei a rir, não agüentei, estava com tanta raiva e cai na gargalhada. Quando a tripulação avisou que o embarque estava encerrado, corri para outra poltrona, o outro titã retirou o braço de divisão das poltronas onde estávamos e falou aliviado: Enfim só!
Depois disso foi só alegria, pelo menos, até chegar a João Pessoa. Refrigerante, com direito a repetir, biscoitinho, balinha, foi uma maravilha. Quando cheguei a João Pessoa, peguei minha mala, procurei quem tinha vindo me buscar e não encontrei ninguém. Esperei, procurei, liguei e não encontrei ninguém, veio aquela raiva, misturada com tristeza: Ouxe, me esqueceram...tô importante demais. Já ia tomando um taxi, quando resolvi ligar para Dudu, ele me disse que Painho tinha vindo me buscar e foi então que consegui encontrar, eles pensavam que tinha chegado no outro vôo que chegou pouco tempo depois do meu. Problemas do horário de verão, normal, acontece nas melhores família.

Então é isso pessoal, estou de volta a aventura foi fantástica, repito assim que der. Já estou com saudades do pessoal de lá, esse Parai-Goiano volta assim que der, mas antes preciso dar uma passadinha em Fortaleza, será mais uma aventura escrita em palavras e sentimentos de seu amigo aqui.

Eu sou Alberto Pagels e esse foi mais um momento de um paraibano pelo mundo, do seu SIMBORA PARAÍBA.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Perdido em Goiás





Pessoal, sei que não escrevo há algum tempo, mas andei sem inspiração. Estou em Goiania – Goiás desde o dia 14 de Novembro deste ano, e vi muitos motivos para apaixonar-se por Goiania. Vi pessoas tão hospitaleiras quanto os paraibanos, vi uma cidade limpa, verde, organizada, vi bares e restaurantes lotados o tempo inteiro, a qualquer hora, vi excelentes oportunidades profissionais e pessoais, vi muita coisa boa, pouca coisa ruim.
Conheci pessoas fantasticas que me ensinaram bastante, mesmo em um curto intervalo de tempo, como o Costa (Wellington), antes amigo do meu irmão, hoje meu camarada, um amigo sempre disposto a ajuda, que foi meu guia em Goiania, afinal, meu irmão é um cara extremamente ocupado, alias, ocupado até demais, não sei como ele aguenta. Enfim, o Costa mostrou a cidade, o sotaque, a cultura do Goiano, me ajudou a ir para o curso, e ainda vai me levar ao aeroporto, conheci sua família seu filho que promete ser um craque no futsal, porque aos seis anos de idade já tem estilo.
Conheci uma empresa solida, bem estruturada, séria, com profissionais capacitados, que trabalham muito e estão sempre com um sorriso estampado, simpaticos do pessoal da limpeza até a diretoria. A PC Sistemas, empresa onde conheci o Winthor, sistema de automação empresarial, que oferece uma infinidade de soluções para industrias, atacadistas e muito mais. Um programa fantastico em constante processo de adaptação as necessidades do cliente. Nesse treinamento além de aprender muito sobre o Winthor e Gestão Empresarial, conheci pessoas especiais como Péricles (Péu), um bahiano gente boa, torcedor do Mengão, que trabalha no T.I. da empresa Cabral & Souza, de Vitória da Conquista-BA; seu amigo e companheiro Kleber, paulista, mas mora e trabalha em Vitoria da Conquista na mesma empresa que o Péu; ainda na turma do Winthor, conheci a diretora financeira Daniela, boliviana de nascença, goiana no coração, profissional dedicada que nem sempre conseguia consciliar o treinamento com a empresa, mas terminou o programa com louvor; Cleiton nosso instrutor, um Mineiro perdido em Goiás, assim como tantos outros, mas demonstrando seus valores em aulas dinâmicas e ricas em conteúdo. Por ultimo, mas não menos importante, conheci Lucimar, nossa grande guia, quem nos (eu, Kleber e Péu) Goiania, pessoa a quem devemos um tanque de combustível, porque ela “rodou”conosco pela cidade inteira, inclusive em Paris, isso mesmo meus caros Paris, Aparecida de Goiania, eles também tem uma cidade francesa, assim como Bayeux (rsrsrs).
Lucimar foi um achado, pessoa extremamente simpática que nos acolheu, acredito que principalmente a mim, que estava mais perdido na cidade, conheci sua família, linda família por sinal, fomos comer pizza, uma deliciosa pizza de 5 queijos, isso mesmo, contrariando os paradigmas gastronomicos dos pizzaiolos, saí do tradicional 4 queijos, para o 5 queijos, aliás, a culinaria daqui é uma coisa de louco, mas disso fao daqui a pouco, conheci sua filha linda, Jennifer, por quem criei um carinho de sobrinha, já que Lucimar foi como uma irmã pra mim, aqui em Goiania. Fora esses que passaram mais tempo comigo conheci icones goianos que estaram marcados em minha vida como bons colegas, assim como Valdir Valente, o verdadeiro “Francisco Cuoco” de Goiás, o galã da cabeça branca, figura carismatica, divertida; Pablo, um goiano do tipo jeca, do sotaque caracteristico do goiano “pira-pora” mas com raizes italianas, se acha o Gianeccini; Gouveia, figura que mais parece um português de livros, aquele com o bigodão, um pouco calvo e voz grossa, um verdadeiro humorista de mesa de bar, aquele de sacadas rapidas. Ainda tantos outros que não poderia deixar de esquecer como Frederico e sua familia otima que me acolheu na terça-feira para uma festinha regada a Heiniken gelada e rabada, com muita, mas muita pimenta, meu Deus, o meu refluxo quase me mata depois de lá, conhecia a cidade de Trindade, vizinha de Goiania, assim como Santa Rita, só que muito parecida com Bananeiras, tirei até umas fotos da igreja.
Gastronomicamente não me adaptei tanto, mas comi algumas coisas interessantes, verdadeiras adaptações da comida que conhecia. Aqui tem Pamonha Salgada com Lingua e pimenta (Não tive coragem de experimentar), tem o tal do PIQUI “ô troço ruim” passei 3 dias para conseguir parar de sentir o gosto, e tem mais, não pode morder, se não vai parar no hospital, ele é cheio de espinhos, você só pode raspar com os dentes. Comi a Panelinha, pensem numa delicia, eu recomendo. Comi batata frita a moda, com queijo derretido por cima; Picanha à Palito, picanha fatiada em palitos com muita cebola; Filé no Catupiry, meu DEUS DO CÉU, só pode ter sido feito por ele, que coisa maravilhosa, foi a melhor coisa que comi durante essa minha passagem por goiania. As bebidas também são diferentes, tem um tal de Cozumel, que nada mais é que chopp com gelo e limão e as bordas com sal, um coquetel molotov para os hipertensos, mas uma paixão goiana. Outra coisa que o goiano come bastante é o palmito, eita povo para gostas de palmito, mas o bicho é bom mesmo. O Goiano sabe comer bem, sem falar em beber, aqui é Heiniken o tempo inteiro, quando não é Antartica Original.
A verdadeira paixão goiana é o entretenimento, aqui é a capital mundial da diversão, só essa semana que estive aqui foi show de Lulu Santos, David Guetta, os mais variados sertanejos, todo barzinho da cidade lotado, toda cerveja vendida aqui é mofada, não tomei uma cerveja quente, só “veu de noiva” e o atendimento é excepicional, não precisa-se pedir cerveja, o pessoal traz até você pedir para parar. Aqui eu vi chopp de vinho, de mel, cozumel, chopp Heiniken, tudo o que vocês imaginarem. A falta de praia é compensada com parques, cheios de arvores, lagos, macaquinhos, pistas de cooper, e tudo mais. E se precisar de mais água você procura as mais variadas cachoeiras e termicas do interior. Os shopping`s são lotados o tempo inteiro, e ainda tem as sinucas, conheci dois bares de sinuca por aqui, o Snooker Bar, em Vila Nova, bem parecido com os botecos cariocas, com 10 mesas oficiais, uns coroas dando show em jogadas de efeito e tacos de até R$ 300,00, o taco do Costa, aquele amigo que comentei lá em cima é trabalhado desmontável, com rosca de metal, numa capa de couro. Ainda conheci um bar chamado BOLA 7, foi dificil de encontrar, mas é um verdadeiro centro de diversão, de um lado tem um boliche igual ao do shopping Manaíra, em João Pessoa, do outro tem um ambiente climatizado com inumeras sinucas, no meio um barzinho com telões e muita gente bonita, e em cima uma boate, mas não sei como é lá em cima, não gosto de boate.
Esses dias choveu bastante por aqui, ainda bem, porque aqui é quente, ô trem quente essa cidade, alias, sofri com o calor aqui, é coisa de 34 graus a noite, na quinta-feira aqui chegaram aos sufocantes 40 graus a sombra, é quente e seco, e o pessoal disse que nem está tão seco assim, os baianos passaram maus bocados, correram para o hotel, ligaram o ar e se salvaram, mas sairam correndo do shopping, por passar mau devido ao calor
Essa minha mania de pegar sotaque em pouco tempo aqui foi terrivel, estou falando arrastado falando trem o tempo inteiro, eu já não procuro, eu caço; já não ligo pra tu, ligo procê; entre outras manias que nem consigo mais identificar. Outra particularidade é o transito, girador é rotula, semaforo é sinaleiro, as placas de “contra-mão”são sempre ignoradas, mas o transito não é caotico, é apressado, todo mundo é apressado aqui.
Esse tempo longe de casa é bom para observarmos o quão importantes as pessoas são para nós, passei momentos de solidão aqui, afinal, as vidas das pessoas tem que continuar, não é porque estou aqui, que o pessoal tem que me dar atenção 24 horas, e nesses momentos de solidão. É os Lavôr estão espalhados pelo mundo mesmo, eu tenho uma prima aqui em Goiania, Mônica, casada com Lucas e pais de Ravi, família linda, divertida com quem passei otimos momentos no domingo.
A memória é boa, mas nem sempre consigo lembrar de tudo, o que marcou mais está aqui, em pouco mais de 1.400 palavras expressadas em meu blog, dos paraibanos perdidos pelo mundo, daqueles que levam a bandeira da Paraíba por onde vão, e toda vez que me apresentei disse: Prazer, Alberto Pagels, mas me chama de Beto, sou um Paraibano Apaixonado perdido em Goiás.
Goiania ficará marcada, e quem sabe a próxima vez não é de vez? Quem sabe serei mais um Parai-Goiano, as oportunidades estão aí para serem aproveitadas...O futuro a Deus pertence, e com Deus eu ando sempre. Obrigado pela atenção e fiquem com Deus, o Simbora Paraíba agradece sua participação.
Sou Alberto Pagels, e aviso: Paraíba, me aguarde porque eu estou chegando!